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Um beijo exige outro; teu esforço exige recompensa; tua dor exige amor. Para tudo que fazemos na vida, há um preço a se pagar e algo a se receber. O princípio Toka Koka, ou Troca Equivalente, é quando as duas partes saem com o resultado esperado. Nem sempre é assim e nem sempre sabemos qual o valor equivalente.

“Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, Antoine-Laurent de Lavoisier.

Princípio da Conservação da Matéria.

Sabe quando lançamos, seja para o mundo ou para nós, o sentimento de que fomos enganados, que recebemos menos de que merecíamos, de que nos esforçamos, nos doamos ou pagamos o preço mas não recebemos tudo que deveríamos receber? Pense nesse cenário como duas possibilidades: ou a Troca não foi Equivalente ou você não sabe o valor de retorno. Vamos para um caso prático.

As pirâmides financeiras, por exemplo, onde você “investe” um dado valor e triplica esse valor em 4 meses. Imagine que você supõe que a Troca Equivalente é exatamente esta. Você dá mil reais e receberá três mil reais em 4 meses. Mas, antes de você conseguir sequer receber seu dinheiro de volta, a pirâmide quebra e você perde tudo. O que acontece aqui é uma suposição de valor: quando você acredita que o que fez é suficiente para receber o que não recebeu. Ou seja, talvez seja um ponto cego seu, algo que você não previa.

Num relacionamento, de forma extremamente análoga, nós investimos nossos recursos. Tempo, dinheiro, intelecto, dedicação, carinho, atenção e, conforme esses elementos vão se amplificando, vamos exigindo cada vez mais uma troca de nosso parceiro. É comum haverem papéis diferentes numa relação amorosa, onde um protege e o outro cura. Mas e se a pessoa protegida decidir que não quer mais proteção? A equação da relação fica desbalanceada e o relacionamento precisa se adaptar para reencontrar a Troca Equivalente.

No filme Fullmetal Alchemist, recém lançado na Netflix em adaptação ao anime, o princípio é muito bem aplicado e a quebra das regras da Troca Equivalente são expostas ao destruir vidas, metaforicamente, e literalmente falando.

Qual Preço Você Tem Disposição a Pagar?

Quanto custa um sorriso? Seu sorriso? O sorriso de quem você ama?

Por vezes, é comum dizermos que queremos, “a todo custo”, atingir alguma coisa. “A todo custo” realizar algum objetivo. É preciso entender, realmente, qual o custo que você tem disposição a pagar. E nisso nós tocamos nos valores mais profundos de uma pessoa, nos que definem quem ela, realmente, é bem como o que pode fazer a respeito.

Quem é você?

Para responder essa pergunta, é preciso responder duas perguntas antes.

O que você tem?

O que você faz com o que tem?

Então, será possível responder à grande pergunta do Quem É Você e, somente daí para frente, saber quais preços você define e decide pagar para os objetivos da tua vida. Talvez a tua dor por não atingir algo seja por culpa de um valor teu que você não enxergava. Talvez amizade seja mais importante que dinheiro; talvez dinheiro seja mais importante que amizade. Talvez você não aceite quem você é. Talvez.

A primeira pergunta, O Que Você Tem, é relacionada a tuas posses e o mundo que você vive. Quanto dinheiro você tem; qual a casa que você vive; as regras que o mundo trás, como a gravidade; quais possibilidades existem aí do teu lado; o teu emprego; teu QI; teu QE; as pessoas ao teu redor; teu corpo; o que existir dentro e fora de você, a realidade em si, é o que você TEM.

A segunda pergunta, O Que Você Faz Com o Que Tem, te põe — ou não — como anfitrião de sua própria vida. A realidade que hoje existe, seja teu emprego, relacionamento amoroso ou vício em algo, é o que existe. Você vai aceitar e deixar imutável ou vai agir, e fazer algo a respeito? Você prefere reclamar do emprego que TEM ou FAZER algo para conseguir um outro? Você vai chorar sobre as dores da vida ou procurar usar a tua realidade para encontrar um sorriso?

“Não é sobre ter todas pessoas do mundo pra si

É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti

É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz

É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós” Ana Vilela

Quem É Você?

O Fazer define o teu Ser. O Quem.

Oque você faz com o que você tem projeta quem você é. Suas ações definem suas qualidades, suas verdades, seus limites, suas oportunidades, seu passado e, principalmente, seu presente.

Pensando sobre o que existe na tua realidade, a tua vida como um todo e entendendo o que você anda fazendo com ela, como que você responderia se alguém te perguntasse quem você é baseado no que você faz? Ahh, imagine que você precisa dar exemplos, referências. “Toda segunda de manhã eu vou ao GACC doar meu tempo à ajudar as crianças” é algo que você faz na sua realidade. “Eu sou uma pessoa caridosa” não é algo que você faz, mas é algo que você pode dizer baseado em ir toda segunda ao GACC.

Vou te ajudar com algumas perguntinhas e afirmações pra te fazer refletir um pouco nas linhas abaixo. Pode ir com calma, leve o tempo que precisar, mas analise devagar com sua intuição o que você pensa sobre cada linha. Para cada linha, te sugiro responder uma ação que você faz que te motiva a responder o que for responder ou pensar. Por exemplo

  • Dinheiro é bom? -> “Sim, gasto muito dinheiro.” Esta é uma ação clara do que você faz que te leva a dizer que “sim”, porque você gasta (faz).
  • Adoro chutar cachorros. -> “Não gostei! Amo cachorros.” Esta resposta não tem uma ação clara que demonstre que você ama cachorros.
  • Adoro chutar cachorros. -> “Amo cachorros. Eu tive uma cadelinha chamava Violeta e levava (faz) ela pra passear sempre com prazer!”

Vamos lá? Analise, reflita e absorva as frases como se estivessem sendo ditas por você. Depois, responda o que ela significa pra você justificando com uma ação que você faz.

  • “Dinheiro é bom.”
  • “Água é gostosa.”
  • “Não gosto muito de gente chata.”
  • “Eu sou excelente no meu trabalho.”
  • “O amor supera todas as coisas.”
  • “Estou em plena conexão com Deus.”
  • “Família em primeiro lugar.”
  • “Sempre honro minha palavra.”
  • “Adoro chegar com atraso!”
  • “Tô em êxtase para assistir 50 Tons de Cinza!”
  • “Minha vida sexual está em plenitude.”
  • “Tenho vergonha de algumas coisas.”
  • “Gostaria de ter menos dinheiro.”
  • “Sou horrível em matemática.”
  • “Gosto do meu corpo.”
  • “Gosto da minha vida.”
  • “Gosto das pessoas ao meu redor.”
  • “Gosto de mim.”
  • “Dinheiro é sujo.”
  • “Não tenho dinheiro.”
  • “Não tenho como mudar minha vida.”
  • “Não sou capaz de chegar no futuro.”
  • “Deixa a vida me levar, vida leva eu.”
  • “Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu.”
  • “Às vezes eu sorrio do nada.”
  • “Às vezes eu rio profundamente.”
  • “Quero deixar as pessoas ao meu redor feliz.”
  • “Quero ser feliz também.”

Respondeu tudo? Cansou? Deixou pela metade? Esse exercício é incrível para trazer algumas reflexões internas e profundas. Existe uma estrutura aí montada para te fazer pensar. Tão bem montada que até me emocionei um pouco enquanto escrevia elas. Imagino o quão bom foi pra você então, já que eu aqui já tive algumas percepções legais, imagino você aí que tá na prática, com concentração. Essas reflexões são muito gostosas de se ver, pois nos mostram respostas que não estamos acostumados a dar. Vamos indo ao finalzinho então? 🙂

A partir das respostas que você deu, o que você aprendeu? Algo novo sobre você que antes não sabia? E se eu te pedir para analisar algum objetivo que você reluta em não concluir, mas pensando a partir das tuas respostas que deu agora, será que esse objetivo não fere o QUEM você é?

O que você aprendeu com isso tudo?

O que, de novidade, você tem na tua realidade depois dessa reflexão?

O que, de futuro, você modificará em tuas ações a partir de agora?

Quem você é realmente é quem você pensa que é são a mesma pessoa?

Um grande abraço e um imenso prazer de ter estado contigo até aqui. ❤

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